Dexter 4 - Dexter Design De Um Assassino Jeff Lindsay
Dexter 4 - Dexter Design De Um Assassino - Jeff Lindsay
Autor: Jeff Lindsay
Número de páginas: 272
Início da leitura: 31/12/2023
Término da leitura: 03/01/2024
E vamos lá com a primeira resenha do ano (e do blog), mas antes, vamos dar aquela revisadinha nas minhas impressões dos 3 primeiros livros da série (Sem spoilers):
- Livro 1 (Dexter a mão esquerda de Deus) - Li faz muito tempo, talvez em 2017 ou 2018. Amo o sarcasmo do Dexter e saber os pensamentos dele através da narração do livro é muito legal. Peca pelo final mirabolante ao mesmo tempo que isso dá o charme ao livro.
- Livro 2 (Querido e devotado Dexter) - Eletrizante, as situações malucas que o Dexter se mete por acaso, os antagonistas fodões e um vilão SINISTRO fazem desse o meu livro preferido da série até agora. Destaque para a festa de despedida de solteiro do Dexter e para o final eletrizante e não muito feliz.
- Livro 3 (Dexter no escuro) - O livro parte para uma pegada mais mística em torno da psicopatia do protagonista e dá bastante destaque aos seus enteados. E cara, como foi complicado passar por esse livro. Embora o nível de sarcasmo do Dexter continue excelente, todo o papinho de uma entidade maligna ancestral e suas crias, somado ao culto doido que tem nessa história, o jovem-misticismo presente, raso pra cacete e sinceramente ruim fez como que esse livro fosse arrastado apesar da pequena contagem de páginas (tem menos de 300.) Foi o último livro que li em 2023.
O livro começa mostrando a lua de mel do Dexter em Paris, e sinceramente com algumas das passagens mais engraçadas da série até agora, principalmente quando fala sobre a empolgação da Rita durante a viagem. Esse volume da série é bem mais parecido com a segunda aventura do monstro de Miami, abandonando o jovem-misticismo e indo direto para as loucuras típicas da vida do Dexter. Destaque para o aprofundamento da relação entre o Dexter e seu pai adotivo, e a agora complicada relação entre o protagonista e a suar irmã Deb. As crianças ainda continuam muito forçadas nesse livro, ao ponto de ser irritante. Em matéria de vilão esse livro é um pouco mais fraco que o segundo (o Doutor é muito fod@!) mas só do vilão realmente conseguir foder o Dexter pelo intelecto e explorar os vacilos dele já é algo muito maneiro.
Existe um problema e ele é que os livros se tornam meio formulaicos e tudo no final é sempre muito corrido.
O senso de humor perverso do Dexter continua valendo a pena demais!
Nota: 5 de 5 cinco sacos de pedaços de corpos afundando no mar de Miami.
Spoilers a seguir
Daqui pra frente tem spoiler, EU AVISEI!
Dexter no escuro foi bem chatinho, com uma resolução muito merda pra falar a verdade. O jeito que os vilões agem, a reviravolta tirada do cu, nada disso me empolgou muito, principalmente por causa do misticismo.
Pois bem, esse livro não é nada parecido com o terceiro, a começar pela motivação do vilão. Um vilão que não está interessado no processo das mortes em si e que se diferencia do Dexter por isso já é algo bem legal e diferente na série.
A recorrência de personagens do livro 2 (Doakes e Chutsky) tendo papéis importantes na trama, principalmente mais pro final também é muito massa, e a Rita está bem menos chata nesse livro (mas eu tenho dó demais dessa coitada).
Dexter dá umas escorregadas e esses vacilos custam BEM CARO, ao ponto dele ter que apelar pra ajuda do seu cunhado Chutsky, que por sinal teve uma evolução como personagem, uma pena que a viagem pra Cuba tenha servido pra exatamente nada, e o fato de ele estar sem membros devido ao Dr. Danco meio que passa batido.
Ah, e o Doakes continua chato e insistente mesmo sem os braços, os pés e a língua, o que é maneiro porque nem destroçado o cara para de tentar fazer o certo, que é ferrar o Dexter hahahahah Entretanto o Doakes é por si só uma versão do Dexter, já que ele também tem um “passageiro”. Enfim, personagem que tem pouca participação no livro mas é muito interessante quando aparece.
Um ponto que ainda me incomoda são as crianças, mas conhecendo o sistema educacional o suficiente, até que é plausível ninguém nunca perceber nada de estranho.
O final é um clímax maneiro como sempre, e prova que o Dexter além de tudo tem muita sorte e o roteiro sempre está do seu lado. E a surpresa final é o passo que falta para a complexidade da vida “de fachada” do Dexter como pai de família dar o próximo passo adiante. Mas isso, isso é papo pro próximo volume.